Análise - Gp da Hungria

Foto: Reprodução/Sutton


Após 268 dias e 10 corridas, Lewis Hamilton voltou a frequentar o lugar mais alto do pódio. Com uma largada espetacular e um ritmo de prova surpreendente o inglês sequer deu chance aos adversários.

Ao assistir a corrida tive a ligeira impressão de estar vendo Ayrton Senna ali pilotando. O estilo agressivo e as ultrapassagens quase impossíveis de se fazer contribuíram para o show de Lewis e para trazer de volta aquela alegria de assistir à F1 nos domingos de alguns anos atrás.

Outro destaque foi Raikkonen que, mesmo com um carro inferior e com uma largada bem tumultuada, conseguiu voltar a frequentar o pódio. Ainda não há confirmação de uma possível punição para ele, após dar um chega pra lá no Webber e tocar o carro de Vettel. Apesar desses imprevistos, fez uma boa corrida e, sem chance de alcançar Hamilton, terminou em 2°.

Mark Webber, depois de uma péssima largada e de um pit stop desastroso, fez o que chamamos de "contenção de danos", após o abandono precoce de Vettel. Com uma corrida apagada e sem chances de alcançar os outros dois que estavam na frente, acabou por terminar em 3°. Colocou mais 6 pontos no bolso e diminuiu em 4 a diferença dele para Button no campeonato de pilotos.

Algumas notas rápidas:

- Rosberg, novamente, fez uma boa corrida e marcou preciosos pontos para a Williams. A equipe inglesa vem evoluindo bem e até o final do ano deve voltar a frequentar os 3 primeiros lugares. Nakajima terminou em 9° após mais uma corrida sem brilhantismo algum.

- Kovalainen confirmou de vez a melhora significativa da Mclaren ao terminar em 5°. Poderia ter conseguido um lugar melhor, mas, com um ritmo de prova que deixou a desejar, não conseguiu fazer mais do que isso.

- A Toyota fez uma classificação péssima, mas a excelente estratégia da equipe fez com que os dois carros saíssem do fim do grid e terminassem na zona de pontuação. Glock ficou em 6°e Trulli em 8°.

- A Brawn definitivamente mostra sinais de fraqueza. Button fez uma corrida apagada e terminou em 7°. Já Barrichello, depois de péssimas classificação e largada, chegou em 10°, ficando fora da zona de pontuação.

- A BMW outra vez andando na rabeira. Com esse desempenho, deveriam abandonar esse mundial e já começar a trabalhar pro de 2009. Heidfeld 11° e Kubica 13°.

- A Renault até ameaçou fazer uma boa corrida. Alonso teria chances de chegar entre os 3 primeiros, mas abandonou após um erro na montagem da roda dianteira esquerda durante o primeiro pit stop. Nelsinho fez provavelmente sua última corrida esse ano e amargou um 12° lugar.

- A Force India voltou a andar lá atrás, mas ainda assim superou a STR. Fisichella chegou em 14 ° e Sutil largou, mas abandonou em seguida.

- A STR, mesmo com novidades nos bólidos, não conseguiu sair do fim do grid. Destaque para Jaime Alguersuari que terminou na frente do companheiro de equipe, Buemi!

É isso aí, pessoal. Até o próximo GP e continuem torcendo pela recuperação do Felipe Massa!



Comentários

http://historiasevelocidade.blogspot.com/2009/07/uma-vitoria-reveladora.html

novo post no Historias e Velocidade, comentando a corrida, que revela muito mais do que parece sobre as estruturas de poder na F1. E agora com notas da equipe do blog!
Abraços
Ron Groo disse…
Cara, o que eu mais gostei mesmo foi ver o novato terminar a prova e quebrar a cara de quem achava que ele ia fazer um monte de besteiras. E o melhor, o Alonso não...

Coloquei seu blog entre os meus favoritos para poder vir aqui mais vezes.
http://historiasevelocidade.blogspot.com/

para os colegas do F1 in foco, se der comentem lá no blog sobre a punição sobre a Renault, e a não punição sobre kimi Raikkonen, que parece ter o peso político da Ferrari e do momento tenso extra-pista antes do Pacto de Concórdia ser firmado.
Além disso, tem a análise sobre a corrida e sobre o poder de reação da MacLaren Mercedes ter tudo a ver com seu capital alemão da montadora.

As mais lidas

Análise - Gp da Malásia

GP da Europa - Treinos de Classificação